Jair Bolsonaro (PL) teve como uma das principais missões no debate promovido pela TV Bandeirantes, no domingo (28), que soube se comportar longe da cerca para conseguir votos de eleitores moderados, especialmente mulheres.
A fantasia não durou até o segundo bloco.
No primeiro bloco, ele armou a armadilha para o ex-presidente Lula (PT) colocando as palavras “corrupção”, “Palocci”, “Petrobras” e “dano” para alimentar as buscas na segunda tela daqueles que acompanharam o debate.
Bolsonaro pôde afirmar que ganhou o primeiro duelo ao tentar marcar Lula como um candidato corrupto e vender a idéia, sem tempo ou espaço para ser refutado, de que ele montou um ministério apenas com base em critérios técnicos (como se seu ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, tivesse sido escolhido por suas qualificações em políticas públicas certificadas por Harvard, e não por ser um dos líderes mais ativos dos “centraos”).
Se o confronto entre Lula e Bolsonaro foi o momento mais esperado da noite, as candidatas fizeram os ataques mais incisivos contra o atual presidente.
Simone Tebet, da MDB, trouxe a artilharia para fora. Ela disse que não viu, durante a pandemia, o presidente levar sua motocicleta para ir a um hospital e dar um abraço a qualquer mãe que perdeu um filho para a covid-19.